A noite é, física e psicologicamente, uma coisa violenta.
Tenho dito.
Reconheço que sou uma má pessoa. No geral, mas não para toda a gente. Não sou para os meus amigos, para a minha namorada, para familiares próximos e, quando me apetece, também para pessoas que não conheço.
Mas não sou o tipo de pessoa que se preocupa com os males sociais do mundo, mas eu quero com isto dizer uma coisa em concreto:
Não gosto de pedintes, chateiam-me. E eu não gosto quando me chateiam. É chato. E não, não tenho pena deles. No entanto há uma excepção, há um senhor que às vezes está a tocar guitarra portuguesa numa ao lado da rua Augusta, que eu não sei o nome, mas amanha já vejo e ponho aqui (entretanto, e como já é "amanha", já sei qual é, é a rua do ouro). É que o senhor deve ter o Carlos Paredes no corpo. Toca fantasticamente, e eu sempre que oiço, pondero como é que alguém que toca assim acabou a pedir na rua. Não que tenha pena, mas faz-me confusão, e eu normalmente sou compulsivo com as coisas que me fazem confusão e acabo por pensar muito nelas. Qualquer dia sou capaz de dar uma moeda ao senhor, não por pena, mas por mérito.
- Porque se não, aquilo era o inferno!
Acabei de ouvir na rádio um senhor da EDP a justificar o aumento proposto de 15% na factura da electrecidade da seguinte forma:
"(...) os consumires são os responsáveis por este aumento, pois durante anos a fio pagaram pouco pela energia (...)"
Não é ridiculo? Fica a ideia...
Caixas de Pandora
Há uma inovação no post hoje, chama-se “titulo”. Caixas de Pandora. E porquê, porque gosto da palavra. Expressão, neste caso. Caixas de Pandora devem ser coisas fascinantes, se não, veja-se, diz na wikipédia que Caixa de Pandora é “é uma expressão utilizada para designar qualquer coisa que incita a curiosidade mas que é preferível não tocar”, isto só por si, não é fascinante? Praticamente, tudo o que é bom, acaba por inicialmente, não se dever tocar. Apetecia-me dizer aqui tudo o que para mim são Caixas de Pandora, mas seria aborrecido, e eu não tenho paciência. Até porque, devo gastar o meu tempo mais próximo, a estudar algo, para avançar um passo no meu objectivo “emprego futuro bem remunerado”, necessário para abrir, se é que posso dizer, futuras Caixas de Pandora. Se calhar não sendo tão abstracto, eu quero uma mota (e não só, claro) e é preciso dinheiro para isso. Como disse um professor no ano passado, “lei da vida meus amigos, lei da vida”.
[Pausa para um Lucky]
Não sei bem porque o motivo desta pausa, a vontade é muita, e a inspiração é pouca, toda a gente sabe que Luckies, aguçam-na, mas não a criam. Sei que devia estar a ler outra coisa, e não a escrever aqui, mas algo me leva a continuar a escrever, muito poético, apesar da falta de inspiração, por isso, se calhar vou continuar, só mesmo naquela.
Andava aí para escrever sobre a violência da noite, que é algo real, por momentos, este verão experimentei algo como ambientes sobre-saturados de fumo, álcool, e musica alta (nada de novo até aqui) mas aliados a mudanças de temperaturas de cerca de vinte graus entre entradas e saídas de bares. Algo violentíssimo, suficiente para deixar um gajo a tossir dois meses depois de vir de lá.
Mas, e pronto, é isto, não há inspiração não há desenvolvimento na escrita, por isso, vou fazer um favor às cinco pessoas que provavelmente visitarão este blog, e vou parar.
Edit / p.s. : Após uma curta reflexão, e porque acho que merece, vou incluir no post um comentário a ele feito:
Zê said...
Saibamos abrir as caixas certas e tirar delas o melhor. Mas nunca nos acobardemos perante uma Pandora promissora...
Ando desde que vim de férias para escrever algo sobre a violência da noite.
Acho que vai ser neste fim-de-semana.
Bom, neste momento são 1:21 de segunda-feira já, o fim-de-semana já passou. Parece que ainda não foi desta. É a falta de creatividade que me assombra várias vezes, falta de criatividade ou o excelente livro que arranjei para ler agora, The C programming language (malhas que a faculdade tece). A sério, à malta que goste de programar, aconselho vivamente, comprem outra coisa qualquer mais interessante para ler, vão ao café beber um café, oiçam Quim Barreiros ou vejam algum filme enfadonho. Sempre é mais giro.
ps. alguém notou aí qualquer coisa?
- Dvd.
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